Este mês é duplamente especial, o meu André fez 5 anos e o meu Alexandre completou 18 meses - ano e meio do meu segundo filho.
Chegaste aos 11 kilos e 83 cm, és um mini-homem em formação. Já tens personalidade, sabes bem o que queres e melhor ainda o que não queres. Adoras esparguete e fruta, o peixe cozido deitas para o chão.
De repente andas e corres tudo, como se tivesses pressa em descobrir o mundo. Ver-te a dançar ou a brincar com o mano enche-me o coração de alegria e amor, fico ali a ver-vos e a contemplar as minhas mais belas criações.
Custa-me acreditar que já cresceram tanto, que saíram de mim e já estão ali a brincar, autónomos e independentes numa série de coisas.
Ao contrário do mano, chegaste aos 18 meses sem proferir nada, falar não é propriamente objectivo teu, ainda não tens essa necessidade porque te conheço tão mas tão bem que basta olhar para ti para saber o que pretendes.
Ambos tivemos o enorme privilegio de ficar juntos desde que nasceste, são 18 meses de uma partilha pura, de um convívio intenso, conheço-te como a palma da minha mão.
Mas sei que tens de crescer, quero parar e começar a olhar para ti como um menino e deixar a ideia do meu bebé de parte - por muito que pense que ambos serão eternamente os meus bebés.
Por isso é altura de tomar algumas medidas, de deixar a cama de grades e passar para a cama inferior do estúdio no quarto do mano; de deixar a banheira pequena e começar a tomar banho como os grandes e partilhando da companhia do "mani" como tu carinhosamente chamas; de deixar a cadeirinha de refeições e passar para um assento a colocar numa cadeira normal.
É altura acima de tudo de fazermos o desmame um do outro, no seu sentido mais literal. São 18 meses de maminha, em livre demanda desde que não interfira com as refeições principais.
São muitos e longos meses a adormecer numa dependência de calor mútuo, de sentir-te sempre ao meu colo, no teu porto mais seguro.
Hoje não mamaste à noite pela primeira vez desde que nasceste, e apesar de sentir uma grande vitória, uma parte de mim está tão triste. É o confirmar do teu crescimento, do inicio da tua independência, é indiscutivelmente o melhor para nós e principalmente para ti.
Que este vício faz com que nenhum de nós se lembre o que é dormir uma noite seguida há um ano e meio.
São meios para atingir um fim que eu acredito, muito piamente, que serão tempos de felicidade e amadurecimento para todos.
Os meus bebés... que afinal já não são assim tão bebés. Os meus meninos.
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