Amamentar - um tema sobre o qual ainda não escrevi mas que tanto me diz.
Na primeira gravidez, as incertezas e inseguranças imperam. E a amamentação é um assunto de destaque: Será que vou conseguir amamentar? Terei leite "bom"? Será que vou conseguir dar mama em público? Será que o bebé vai fazer bem a pega? E podia continuar com um rol de interrogações.
Eu tinha muito medo de não conseguir ou de simplesmente deixar de ter leite.
Tinha como meta conseguir dar mama pelo menos os primeiros 3 meses, e depois logo se via.
No início foi complicado, eu não tinha posição, o A. mais velho não sabia fazer a pega, perdeu peso.
Resultado: tinha de mamar de 2 em 2 horas e eu andava podre.
Mas insiste, insiste e não desiste.
Moral da história: mamou até aos 20 meses e foi porque eu decidi que estava na hora de parar.
Enquanto estive em casa mamava com bastante frequência, mas após a licença passou a mamar só à noite, e assim criámos aquela dependência mútua: ele mamava à noite até adormecer, e eu matava todas as saudades de um dia longe da minha cria. Era o nosso momento de contemplação e paz.
Até à noite em que decidi que chegava, e ele pareceu perceber, porque já era mais o hábito e vício que propriamente o leite que ingeria. E naturalmente o leite secou sem problemas.
No meu segundo filho tem sido tão diferente, a postura que adaptamos com os assuntos não se compara.
Nasceu a saber a mamar, ou então nasceu comigo a saber pô-lo a mamar, que ajuda muito.
E eu estou em casa, pelo que ele apesar dos 12 meses, mama a meio da manhã, a meio da tarde e à noite. É todo um fartote. 😁 No que depender de mim vai continuar assim.
Aquilo que defendo é que cada um deve colocar em prática os seus ideais (sempre!!!).
Se a pessoa não pretende amamentar não deve ser censurada por isso, mais vale isso que amamentar frustrada. Se para a mulher for doloroso não o deve fazer, é suposto ser um momento de carinho para a mãe e para o bebê.
Agora, se tal como eu, pretendem amamentar força nisso!!!! Seja em casa, no restaurante ou no meio do centro comercial.
São aqueles momentos que espelham ternura, em que nos olhamos nos olhos e irradiamos amor, em que o bebê apesar de já estar cá fora ainda é parte nossa, em que sentimos que somos um só novamente.
Sem comentários:
Enviar um comentário